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Rainha do Poço Flamejante
O Lúcifer da Cabala
Posted:May 15, 2015 5:37 pm
Last Updated:May 17, 2015 7:50 am
1127 Views
( a tradução é antiga, 1920 e pouco, então tô mandando em original, só pra vcs verem o português diferente...)

“O Lucifer da Kabbala não é um anjo maldicto e fulminado, é o anjo que alumia e que regenera queimando; é para os anjos de paz o que o cometa é para as tranquillas estrellas das constellações da primavera.

A estrella fixa é bella, radiante e calma; ella respira os celestes aromas e olha com amor as suas irmãs; vestidas com a sua roupagem esplendida e com a fronte ornada de diamantes, ella sorri, cantando o seu cantico da manhã e da tarde; goza um repouso eterno que nada poderia perturbar, e caminha solennemente sem sahir do logar que lhe é determinado entre as sentinellas da luz.

Comtudo, o cometa errante, todo ensangüentado e desgrenhado, accorre das profundezas do céu; precipita-se atravez das espheras tranquillas, como um carro de guerra entre as fileiras de uma procissão de vestaes; ousa affrontar a espada flammejante dos guardas do sol, e, como uma esposa apaixonada que procura o esposo sonhado pelas suas noites de viuvez, penetra até o tabernaculo do rei dos dias, depois foge, exhalando os fogos que o devoram e arrastando após si um longo incendio; as estrellas empallidecem ao seu approximar, os rebanhos constellados que pastam flores de luz nas vastas campinas do céu, parecem fugir do seu sopro terrível.

O grande conselho dos astros se reúne, e a consternação é universal: a mais bella das estrellas fixas é, emfim, encarregada de falar em nome de todo o céu, e de propor a paz ao mensageiro vagabundo.

Meu irmão, lhe diz ella, porque perturbas a harmonia das nossas espheras?

Que mal te fizemos nós, e porque, em vez de errar ao acaso, não te fixas no teu lugar na corte do sol?

Porque não vens cantar comnosco o hymno da tarde, enfeitado como nós com uma roupa branca que se prende no peito por um broche de diamante?

Porque deixas fluctuar, atravez dos vapores da noite, a tua cabelleira da qual escorre um suor de fogo?

Oh! Se tomasses um logar entre os filhos do céu, quanto parecerias mais bello!

A tua fronte não ficaria mais inflamada pela fadiga de tua carreira inaudita; teus olhos seriam puros, e a tua fronte sorridente seria branca e avermelhada com a de tuas felizes irmãs; todos os astros te conheceriam, e, longe de temer a tua passagem, se alegrariam ao teu approximar; porque estarias ligado a nós pelos laços indestructiveis da harmonia universal, e a tua existência tranquilla seria mais uma voz no cantico do amor infinito.

E o cometa responde á estrella fixa: Não creias, ó minha irmã! Que possa errar ao acaso e perturbar a harmonia das espheras; Deus traçou meu caminho como o teu, e se a minha carreira te parece incerta e vagabunda, é porque os teus raios não poderiam estender-se tão longe para abarcar o contorno da ellipse que me foi dada por carreira.

A minha cabelleira inflammada é o fanal de Deus; sou o mensageiro dos soes, e fortaleço-me nos seus fogos para os partilhar no meu caminho aos novos mundos que ainda não teem bastante calor, e aos astros envelhecidos que teem frio na sua solidão.

Se me afadigo nas minhas longas viagens, se sou de uma belleza menos attractiva que a tua, se o meu enfeite é menos virginal, não deixo por isso de ser como tu, um nobre filho do céu.

Deixa-me o segredo do meu destino terrível, deixa-me o espanto que me rodeia, amaldiçoa-me, se não podes comprehender-me: não deixarei por isso de realizar a obra que me foi imposta, e continuarei a minha carreira sob o impulso do sopro de Deus!

Felizes das estrellas que se repousam e que brilham como jovens rainhas na sociedade tranquilla dos universos!

Eu sou o proscripto que viaja sempre e quem tem o infinito por pátria.

Accusam-me de incendiar os planetas que aqueço, e de atemorizar ao astros que alumio; censuram-me de perturbar a harmonia dos universos porque não giro ao redor dos seus centros particulares, e os prendo uns aos outros fixando meus olhares no centro único de todos os soes.

Fica pois socegada, bella estrella fixa, não quero tirar a tua luz tranquilla; pelo contrario, exgottarei por ti a minha vida e o meu calor.

Poderei desapparecer do céu quando me tiver consumido; a minha sorte terá sido tão bella!

Sabei que no templo de Deus ardem fogos differentes que lhe dão gloria; vós sois a luz dos candelabros de ouro, e eu a chamma do sacrifício: realizemos os nossos destinos.

Acabando estas palavras, o cometa saccode a sua cabelleira, cobre-se com a sua couraça ardente, e se lança nos espaços infinitos em que parece desapparecer para sempre.

É assim que apparece e desapparece Satan nas narrativas allegoricas da Bíblia.

Um dia, diz o livro de Job, os filhos de Deus tinham vindo para se apresentarem ao Senhor, e entre elles tambem estava Satan.

A quem o Senhor disse: Donde vens? E elle respondeu: Fiz a volta da terra e a percorri.

Eis como um evangelho gnostico, achado no Oriente por um sábio viajante nosso amigo, explica em proveito do symbolico Lucifer, a genese da luz: “A verdade que se conhece é o pensamento vivo".

A verdade é o pensamento que está em si mesmo; e o pensamento formulado é a palavra.

Quando o pensamento eterno procurou uma forma, disse: “Faça-se a luz”.
Ora, este pensamento que fala é o Verbo; e o Verbo diz: “Faça-se a luz, porque o proprio Verbo é a luz dos espiritos.

” A luz increada, que é o Verbo divino, irradia porque quer ser vista; e quando diz:
“Faça-se a luz!” ordena a olhos que se abram, crea intelligencias.

E quando Deus disse: “Faça-se a luz!” a intelligencia foi feita e a luz appareceu.

Ora, a intelligencia, que Deus tinha vertido do sopro da sua bocca, como uma estrella desprendida do sol, tomou a forma de um anjo esplendido e o ceu o saudou com o nome Lucifer.

A intelligencia despertou-se e comprehendeu totalmente a si mesma ao ouvir esta palavra do Verbo divino:

“Faça-se a luz!”

Ella sentiu-se livre, porque Deus lhe tinha ordenado de o ser; e respondeu, levantando a cabeça e estendendo as suas azas:

- Não serei a escravidão!

- Serás, pois, a dor? lhe disse a voz increada.

- Serei a Liberdade! Respondeu a luz.

- O orgulho te seduzirá, retomou a voz suprema, e produzirás a morte.

- Tenho necessidade de luctar contra a morte para conquistar a vida, disse ainda a luz creada.

Deus então desprendeu do seu seio o fio de esplendor que retinha o anjo soberbo, e vendo-o lançar-se na noite que assignalava de gloria, amou o filho do seu pensamento, e sorrindo com ineffavel sorriso, disse a si mesmo:

“ Como a luz era bella!”

Deus não creou a dor; é a Intelligencia que a acceitou para ser livre.

E a dor foi a condição imposta ao ser livre, por aquelle que é o único que se não pode enganar, porque é infinito.

Porque a essencia da intelligencia é o juízo; e a essencia do juízo é a liberdade.

O olho possue realmente a luz pela faculdade de fechar-se e de abrir-se.

Se fosse forçado a estar sempre aberto, seria escravo e victima da luz; e, para fugir desse supplicio, cessaria de ver.

Assim a Intelligencia creada só é feliz de affirmar a Deus, pela liberdade que tem de negar a Deus.

Ora, a Intelligencia que nega, affirma sempre alguma cousa, pois que affirma a sua liberdade.

É por isso que o blasphemo glorifica a Deus; e e´ por isso que o inferno era necessário á felicidade do céu.

Se a luz não fosse repellida pela sombra, não haveria formas visíveis.

Se o primeiro dos anjos não tivesse affrontado as profundezas da noite, a parturição de Deus não teria sido completa e a luz creada não teria podido separar-se da luz por essencia .

Jamais a Intelligencia teria sabido quanto Deus é bom, se nunca o tivesse perdido!

Jamais o amor infinito de Deus teria brilhado nas alegrias da sua misericórdia, se o filho pródigo do ceu tivesse ficado na casa de seu pae.

Quando tudo era luz, a luz não estava em parte alguma, ella estava contida no seio de Deus que estava em trabalho para a produzir.

E quando disse:

“Faça-se a luz!”

permitiu que a noite repellisse a luz, e o universo sahiu do chaos.

A negação do anjo que, ao nascer, recusou ser escravo, constituiu o equilíbrio do mundo, e o movimento das espheras começou.”

(Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi, Pensamento, 1924. p. 297/302)

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A Senhora Do Tubber Tintye
Posted:May 15, 2015 4:54 pm
Last Updated:May 21, 2015 5:45 pm
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A Senhora do Tubber Tintye.

2. O encontro com a deusa

A aventura última, quando todas as barreiras e ogros foram vencidos , costuma ser representada como um casamento místico (hierogamos) da alma-herói triunfante com a Rainha-Deusa do mundo.

Trata-se da crise no nadir, no zênite ou no canto mais extremo da Terra, no ponto central do cosmo, no tabernáculo do templo ou nas trevas da câmara mais profunda do coração.

No oeste da Irlanda, fala-se ainda do Príncipe da Ilha Solitária e da Senhora do Tubber Tintye .

Desejando curar a rainha de Erin, o heróico jovem tomou a si a tarefa de obter três vasos da água do Tubber Tintye o flamejante poço encantado.

Seguindo o conselho de uma tia sobrenatural , a quem encontrara pelo caminho, e cavalgando um maravilhoso, sujo, magro e desgrenhado cavalinho que ela lhe dera, ele cruzou o rio de fogo e escapou ao toque de um bosque de árvores venenosas.

O cavalo, com a velocidade do vento, passou pelo final do castelo de Tubber Tintye; o príncipe pulou do lombo do animal para uma janela aberta e chegou ao interior do castelo, são e salvo.

“O lugar, de enorme extensão , estava tomado por gigantes e monstros da terra e do mar, adormecidos – grandes baleias, longas enguias escorregadias, ursos e outras bestas de todas as formas e espécies .

O príncipe passou por elas e sobre elas até chegar a uma enorme escadaria.
Subindo por ela , entrou num quarto, onde encontrou a mais bela mulher que já vira, adormecida sobre um divã.

’Nada terei para dizer-te’, pensou ele,

e foi para o próximo quarto; e, assim, ele abriu doze quartos.

Em cada um deles, havia uma mulher mais bela que a anterior.

Mas, quando chegou ao décimo terceiro quarto e abriu a porta, seus olhos foram ofuscados pelo brilho do ouro.

Ele estacou, até que a visão lhe voltasse, e em seguida entrou. No grande quarto brilhante, havia um divã de ouro, assentado sobre rodas de ouro.

Suas rodas giravam continuamente; o divã girava sem parar , noite e dia.

Nele, jazia a Senhora do Tubber Tintye: e, embora suas doze aias fossem belas, ninguém o diria se as vissem junto dela.

Aos pés do divã, estava o próprio Tubber Tintye – o poço de fogo.. Havia uma tampa de ouro sobre o poço e esta girava continuamente, ao mesmo tempo que o divã da rainha.

“’Dou a minha palavra’ , disse o príncipe, ‘de que aqui ficarei por um pouco.’ ( rss espertinho!...)

E ele se alçou ao divã e ali ficou durante seis dias e seis noites. (ai ai ai )

Na sétima manhã ele disse,:”Está na hora de eu deixar este lugar”. Assim, desceu e encheu as três garrafas com a água do poço flamejante.

Havia , no quarto de ouro, uma mesa de ouro e, sobre a mesa, uma perna de carneiro e um pedaço de pão; e mesmo que todos os homens de Erin comessem durante um ano à mesa, o carneiro e o pão seriam os mesmos, tanto antes como depois de eles comerem.

“O Príncipe tomou assento, comeu sua parte do pão e da perna de carneiro e os deixou tal como os havia encontrado. Então, levantou-se, tomou das três garrafas, pô-las em sua bolsa e estava prestes a deixar o quarto quando disse a si mesmo:

‘Seria uma pena ir embora sem deixar nada que permita à rainha saber quem esteve aqui enquanto ela dormia’.

Por isso, escreveu uma carta, dizendo que o filho do Rei de Erin e da Rainha da Ilha Solitária havia passado seis noites e seis dias no quarto de ouro de Tubber Tintye, havia retirado três garrafas de água do poço flamejante e comido à mesa de ouro.

Tendo colocado sua carta sobre o leito da rainha, ele partiu, passou pela janela aberta, saltou sobre o lombo do pequeno cavalo magro e maltratado e passou ileso pelas árvores e pelo rio.”

O Herói de Mil Faces, Editora Cultrix, Joseph Campbell, pág 111-112 e 162-163




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Blog da Dani
Posted:Aug 30, 2013 12:38 pm
Last Updated:May 4, 2024 7:50 am
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Oi amores! agora tenho um blog
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