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A Senhora Do Tubber Tintye  

danitintye 35T
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5/15/2015 4:54 pm
A Senhora Do Tubber Tintye

A Senhora do Tubber Tintye.

2. O encontro com a deusa

A aventura última, quando todas as barreiras e ogros foram vencidos , costuma ser representada como um casamento místico (hierogamos) da alma-herói triunfante com a Rainha-Deusa do mundo.

Trata-se da crise no nadir, no zênite ou no canto mais extremo da Terra, no ponto central do cosmo, no tabernáculo do templo ou nas trevas da câmara mais profunda do coração.

No oeste da Irlanda, fala-se ainda do Príncipe da Ilha Solitária e da Senhora do Tubber Tintye .

Desejando curar a rainha de Erin, o heróico jovem tomou a si a tarefa de obter três vasos da água do Tubber Tintye o flamejante poço encantado.

Seguindo o conselho de uma tia sobrenatural , a quem encontrara pelo caminho, e cavalgando um maravilhoso, sujo, magro e desgrenhado cavalinho que ela lhe dera, ele cruzou o rio de fogo e escapou ao toque de um bosque de árvores venenosas.

O cavalo, com a velocidade do vento, passou pelo final do castelo de Tubber Tintye; o príncipe pulou do lombo do animal para uma janela aberta e chegou ao interior do castelo, são e salvo.

“O lugar, de enorme extensão , estava tomado por gigantes e monstros da terra e do mar, adormecidos – grandes baleias, longas enguias escorregadias, ursos e outras bestas de todas as formas e espécies .

O príncipe passou por elas e sobre elas até chegar a uma enorme escadaria.
Subindo por ela , entrou num quarto, onde encontrou a mais bela mulher que já vira, adormecida sobre um divã.

’Nada terei para dizer-te’, pensou ele,

e foi para o próximo quarto; e, assim, ele abriu doze quartos.

Em cada um deles, havia uma mulher mais bela que a anterior.

Mas, quando chegou ao décimo terceiro quarto e abriu a porta, seus olhos foram ofuscados pelo brilho do ouro.

Ele estacou, até que a visão lhe voltasse, e em seguida entrou. No grande quarto brilhante, havia um divã de ouro, assentado sobre rodas de ouro.

Suas rodas giravam continuamente; o divã girava sem parar , noite e dia.

Nele, jazia a Senhora do Tubber Tintye: e, embora suas doze aias fossem belas, ninguém o diria se as vissem junto dela.

Aos pés do divã, estava o próprio Tubber Tintye – o poço de fogo.. Havia uma tampa de ouro sobre o poço e esta girava continuamente, ao mesmo tempo que o divã da rainha.

“’Dou a minha palavra’ , disse o príncipe, ‘de que aqui ficarei por um pouco.’ ( rss espertinho!...)

E ele se alçou ao divã e ali ficou durante seis dias e seis noites. (ai ai ai )

Na sétima manhã ele disse,:”Está na hora de eu deixar este lugar”. Assim, desceu e encheu as três garrafas com a água do poço flamejante.

Havia , no quarto de ouro, uma mesa de ouro e, sobre a mesa, uma perna de carneiro e um pedaço de pão; e mesmo que todos os homens de Erin comessem durante um ano à mesa, o carneiro e o pão seriam os mesmos, tanto antes como depois de eles comerem.

“O Príncipe tomou assento, comeu sua parte do pão e da perna de carneiro e os deixou tal como os havia encontrado. Então, levantou-se, tomou das três garrafas, pô-las em sua bolsa e estava prestes a deixar o quarto quando disse a si mesmo:

‘Seria uma pena ir embora sem deixar nada que permita à rainha saber quem esteve aqui enquanto ela dormia’.

Por isso, escreveu uma carta, dizendo que o filho do Rei de Erin e da Rainha da Ilha Solitária havia passado seis noites e seis dias no quarto de ouro de Tubber Tintye, havia retirado três garrafas de água do poço flamejante e comido à mesa de ouro.

Tendo colocado sua carta sobre o leito da rainha, ele partiu, passou pela janela aberta, saltou sobre o lombo do pequeno cavalo magro e maltratado e passou ileso pelas árvores e pelo rio.”

O Herói de Mil Faces, Editora Cultrix, Joseph Campbell, pág 111-112 e 162-163






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